“Mas
isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e
vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos
vá bem.” (Jeremias 7.23)
A expressão “primeiro amor” é usada, em nossa cultura, para demonstrar o período
do relacionamento onde as partes têm maior intensidade nos sentimentos e um
maior comprometimento com a pessoa amada. Com o passar do tempo, se não houver
zelo, aquele “primeiro amor” pode ir perdendo o encanto, e o relacionamento pode
tornar-se muito rotineiro e insosso. Na vida espiritual, isso se dá quando
deixamos de ter o fervor que tínhamos no momento de nossa conversão e de nosso
compromisso com nosso Senhor. Deus já fez uma reclamação bem específica ao seu
povo sobre esse assunto: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro
amor” (Ap. 2:4). Se sua fé está secularizada, e em sua aflição você já não ouve
mais a resposta de Deus às suas súplicas, é hora de tomar algumas decisões importantes.
Deus reclamou, através de Jeremias, porque
seu povo estava oferecendo os sacrifícios, característicos do Velho Testamento,
mas o coração do povo não estava obedecendo à sua voz. Ele não estava anulando o
sistema sacrificial que havia dado ao seu povo, mas lembrando-o de que os
sacrifícios não significariam nada, caso o coração fosse infiel a Deus. Colocar o ritual exterior no lugar da
devoção interior faria com que os sacrifícios perdessem seu sentido, e privaria
o coração das bênçãos de Deus. Esse princípio permanece hoje, e é um alerta
para nós.
No Novo Testamento, o sistema de sacrifício
mudou, uma vez que o “Cordeiro de Deus” já ofereceu um sacrifício perfeito, que
não precisa ser repetido. Agora, há uma nova exigência de Deus quanto ao assunto:
“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que
é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb. 13:15). Mas o princípio
expresso no parágrafo anterior continua prevalecendo. Os exercícios espirituais (leitura da Palavra, oração, frequência à
igreja, adoração, etc...) não fazem o menor sentido, vindo de um coração longe
de Deus. É por isso que algumas pessoas, em seus momentos de crise, oferecem
esses exercícios espirituais e não são aceitas, porque esquecem que “sacrifícios
agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não
o desprezarás, ó Deus” (Sl. 51:17). Novamente,
relembramos que aqueles exercícios espirituais são necessários e determinantes
para nossa intimidade com Deus, mas não tem valor se o coração anda longe do
Senhor.
Em suas aflições, aproveite esse
relacionamento de Deus com seu povo, onde nós assumimos o compromisso de
obedecer à sua voz, e ele assume o compromisso de ser nosso Deus abençoador: “andai
em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem”.
Rev.
Saulo Carvalho
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