Ingratidão e Inconstância

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“Eu te conheci no deserto, em terra muito seca. Quando tinham pasto, eles se fartaram, e, uma vez fartos, ensoberbeceu-se-lhes o coração; por isso, se esqueceram de mim. A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim, o teu socorro.” (Oséias 13.5-6, 9).

Certa vez conversei com um irmão, que estava fervorosamente orando pelo favor de Deus em sua vida financeira. Toda a igreja se juntou a ele nesse propósito, e o Senhor, de fato, ouviu aquelas orações e deu prosperidade para aquele homem. Depois de um tempo, voltei a encontrá-lo e perguntei-lhe sobre como estava a igreja. Ele respondeu que não tinha notícias, porque, como a empresa dele cresceu, ele não mais tinha tempo para dedicar à igreja. Naquela ocasião, mostrei a ele que teríamos que orar para que Deus o abençoasse, retirando dele todos os seus bens. É óbvio que ele não gostou dessa palavra, mas se você tem percebido em sua vida essa mesma atitude, então estude este texto com atenção, a fim de tomar uma decisão enquanto é tempo.
A palavra do Altíssimo, nesse texto, é muito clara e objetiva. Ele reclama da ingratidão e inconstância de seu povo, e mostra que ninguém podia reclamar dele, uma vez que a culpa de todas aquelas aflições era exatamente o comportamento de seus filhos. Hoje, quero que você coloque diante de seu Deus, tanto suas aflições quanto as suas vitórias, a fim de conservá-las.
Deus afirma que conheceu o seu povo no deserto, em terra muito seca. Isso é uma forma poética, para mostrar que tudo que temos vem dele, e de mais ninguém. Davi reconheceu isso em sua oração de consagração das ofertas que o povo trouxe a Deus: “Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.[...] Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (I Crônicas 29:12,14).
O grande problema que o Senhor levanta, é que, quando seu povo estava farto, se esqueceram que tudo havia vindo Dele, e “ensoberbeceu-se-lhes o coração”. Parece que algumas pessoas não tem estrutura psicológica e espiritual para ter prosperidade financeira. São como o irmão que citei na ilustração acima. Quando tem pouco são crentes fervorosos e atuantes na igreja, mas quando Deus abre as portas do céu e derrama sobre eles as bênçãos, ficam tão obcecados em adquirir mais e mais, que esfriam na fé, deixam de lado o ministério no Corpo de Cristo, vão se ocupando com o trabalho e com a vida social, e de repente estão fora da igreja. Nesse contexto, a bênção de Deus se tornou em maldição, e a ruína se tornará em uma grande bênção. É por isso que a conclusão é óbvia: “A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim, o teu socorro”.
Se sua aflição vem da escassez financeira, olhe para seu Senhor, que tem todo poder para te dar fartura. Se você já foi contemplado com prosperidade nessa área, não permita que essa bênção te afaste do serviço a Deus. Se isso está acontecendo, reveja suas prioridades, e volte ao seu ministério com a mesma dedicação de quando você não tinha nada.

Rev. Saulo Pereira de Carvalho

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